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Povo inerte: politica polarizada

"Um país cuja população ensina seus filhos desde a mais terna idade a

Por Portal Notícias Colômbia SP em 20/07/2023 às 18:40:10

Foto: Reprodução

Até quando você ficará inerte? Até quando você não buscará o mínimo de formação política? Sim, buscar! Se for esperar a informação vir até você, ela nunca chegará, por interesse das lideranças políticas do país. É necessário, como se diz no popular, "arregaçar as mangas e trabalhar". Trabalhar na nossa capacitação intelectual. Trabalhar na nossa capacitação de raciocínio. Sim, trabalhar! Dá trabalho alcançar objetivos, mas, se não houver um mínimo de esforço de nossa parte, continuaremos assim, polarizados. Ridiculamente, polarizados!

Um país cuja população ensina seus filhos desde a mais terna idade a "levar vantagem em tudo", a conhecida "Lei de Gerson", não pode prosperar. Porque a corrupção está inata em sua existência. Em sua essência. Como podemos reclamar que os governantes desviam milhões, se eu não devolvo a moeda de um real que o caixa da padaria me deu a mais? Se para entrar no circo, no teatro, ou qualquer atração, em que crianças até 6 anos não pagam e eu digo na bilheteria que meu filho de 8 anos, tem 6, na verdade, e pior, ao lado dele, pra que ele confirme a veracidade da minha falsa informação!?

Veja bem, a corrupção aqui é a mesma, a única diferença que o político desvia milhões e os pais que ensinam isso aos filhos alguns reais, mas a matriz corruptiva é a mesma, ou seja, não é a ocasião que faz o ladrão, ela apenas o manifesta, o valor indevido, se milhões ou poucos reais é vantagem ilícita. Um país assim, não pode dar certo. E sem a devida capacitação intelectual, não se há ponderação sobre ética. Se não há ética, a pessoa fica cativa, dócil a lideranças pouco comprometidas com a sociedade como um todo. Lideranças que visam o poder, não o bem comum. E surge a polarização. Aqui, claro, nesses exemplos estou sendo o máximo sucinto possível.

Reafirmo: um país que não tem raciocínio lógico, não tem ética, concorda com a liderança que mais lhe agrada. Vota em quem ele acredita, lhe dará mais vantagens. Por isso temos em nossa história presidentes que: "saúdam a mandioca", que afirmam que "viu quilombolas de 10 arrobas que não serve nem pra procriar", mas pra piorar, presidente que fala em "construir casinhas, que tenham pelo menos uma varanda de 1 metro quadrado, pra ser a varanda do "pum"", ou "agradecer ao continente africano pelos serviços prestados durante os 350 anos de escravidão". Somos um país que elege Dilma, Bolsonaro e Lula para presidente. Somos um país que vive a política do "pão e circo". E, infelizmente, a grande maioria da população acredita que política é isso: "lutar pelo meu lado", e se esquece que somos todos brasileiros, se no nosso país, algo sair errado, afetará a todos, não apenas o "outro lado" que discorda de mim.

Ao analisar nossa história recente, acredito que não há momento mais oportuno de revermos nossas posições. A esquerda começar a encontrar em suas fileiras alguém para substituir Lula. Já escrevi em outro artigo que penso que ele é extremamente autoritário, não gosta de dividir função, logo, terão que lutar pra surgir um novo nome. A direita, com a inelegibilidade de Bolsonaro (que eu vejo como uma bênção, porque a direita tem excelentes nomes, capacitados, mas, que são ofuscados pelo populismo de Bolsonaro), já está iniciando, a passos de tartaruga é bem verdade, mas iniciando uma busca. Romeu Zema, Tarcísio de Freitas são, por hora, os nomes mais cogitados. Mas, atrevo-me a destacar, novamente, Deltan Dallagnol, que é verdade, está como uma voz "solitária", após perder o mandato. Penso que ele deve trabalhar sua retórica. A argumentação tem fundamento, mas a forma de expressá-la é cansativa pra quem o escuta. Há outros nomes que também podem ganhar força com o tempo. Agora, não dá pra aceitar o nome de Michele. Nada pessoal, mas, não a vejo como alguém que possa governar nosso país. E acredito que ela seria apenas um fantoche.

Não vá choramingar e recordar FHC como um grande estadista. Foi ele quem abriu as portas ao processo de implementação gramsciniano (Antônio Gramsci) no país, destruindo nossa educação, moral e cultura. No governo de Itamar Franco, por exemplo, a disciplina de Educação Moral e Cívica (EMC), deixou de ser obrigatório no país, mas foi com FHC que ela foi definitivamente banida da Lei de Diretrizes Básicas da Educação (LDB) da época. Era uma disciplina em que se falava sobre ética na sociedade e amor à pátria. Com o tempo o Hino Nacional deixou de ser cantado. Substituído pelo funk nos primeiros governos petistas. Algum esquerdista aqui poderá recordar: "no governo Lula de 2008, ele retornou a Filosofia e Sociologia", mas eu li algumas apostilas dessas disciplinas naquela época. Eu li, ninguém me contou! Era puro conceito marxista (pra não dizer comunista). A argumentação era toda fundamenta não na liberdade de pensar, mas sim, voltada ao domínio do Estado em todos os aspectos na vida do cidadão, como único capaz de direcionar o bem-estar comum, o que é contraditório, porque o Estado é governado por pessoas, logo, uma minoria governa, em sua forma subjetiva de pensar, o povo. Filosofia te ajuda a pensar, não te faz delegar a terceiros, sua vontade, a não ser que você queira por iniciativa própria.

Enfim, penso que ou deixamos de ser um povo cativo, nos empenhamos em buscar capacitação de pensamento legítimo, e com ele, senso lógico e ético para tomarmos decisões que visam o bem comum, ou o país jamais sairá desta lástima que se encontra. E, isto permanecendo, contrariará o nobre deputado Tiririca, porque, "pior que tá, ficará!". Utopia? Penso que não! Apenas otimismo e fé. Muita fé!

Vamos de gerúndio: concordando ou discordando, vamos conversando.

Paz e Bem!

OdontoCompany (Destaque)