A bacia do Rio Pardo está na rota de rejeitos, em caso de rompimento de uma barragem localizada em Poços de Caldas, no Estado de Minas Gerais, que acumula toneladas de substâncias radioativas, como urânio, tório e rádio. A barragem está desativada há mais de 20 anos.
A Câmara de Vereadores de Ribeirão Preto pediu para que a Cetesb investigue a situação e tome providências sobre o caso. O rompimento da barragem de rejeitos radioativos geraria um problema sério para toda a bacia do Rio Pardo e também para o Rio Grande. A Agência Nacional de Mineração já foi alertada sobre o problema.
Mina de urânio
No ofício protocolado na Cetesb, a Comissão destaca que diversas irregularidades na infraestrutura da barragem de Poços de Caldas foram apontadas pelo Ibama e pela Comissão Nacional de Energia Elétrica (CNEM). A barragem é, na verdade, uma velha mina de urânio do tamanho de 100 estádios do Maracanã.
A exploração daquele local terminou em 1995, mas nada foi feito com relação à descontaminação. Um estudo encomendado à Universidade Federal de Ouro Preto em setembro de 2018 prova que há infiltração, aumentando mais o risco de ruptura.
Especialistas estimam que a solução do problema repousa na quantia de US$ 500 milhões ao longo dos próximos 40 anos.
Rio Pardo
A nascente do rio Pardo está localizada no município de Ipuiúna, no sul de Minas Gerais, e adentra o Estado de São Paulo após passar por Poços de Caldas. De grande aproveitamento hidroelétrico e curso total de 573 quilômetros, o rio atravessa inúmeros municípios paulistas, como Ribeirão Preto, até desembocar no rio Grande que passa por Colômbia.