O gestor Henrique Prata declarou que poderá romper contrato a partir do dia 1º de abril, caso o Estado não reveja os valores de repasses para Santa Casa de Barretos. Em visita a Brasília, ele confirmou que o Estado não vem cumprindo com o pactuado e que a União repassa apenas 43% do que é de direito (R$ 2,7 milhões).
“Os municípios e o Estado não têm colocado nem metade do valor para o alto custo, dia 1º de abril vence o contrato e se não tiverem mudanças, não atenderemos as outras cidades pelo que nos pagam, terão que procurar outro hospital de alta complexidade”, disse. “Posso provar que hoje é o Estado que está sugando a Santa Casa, se eu recebesse o que é de direito no acordo tripartite teríamos R$ 4 milhões, mas estamos praticando a medicina honesta sem receber por isso”, comentou. “Barretos está agindo dentro do proporcional. Ou todos se unem ou vou cortar esse contrato e o sistema financeiro que está extorquindo a Santa Casa”, afirmou.
De acordo com o gestor, se forem repassados R$ 4 milhões de contrato tripartite e R$ 1 milhão de convênios, o déficit mensal do hospital seria de R$ 1,5 milhão. “Não quero romper nada e só clarear o que é certo, os municípios estão com informações erradas sobre os repasses e os secretários herdam informações do DRS V que fala levianamente sobre o acordo tripartite. Não julgo os secretários de saúde porque eles não têm o real conhecimento”, afirmou. Na semana passada, os gestores dos municípios ligados ao Departamento Regional de Saúde (DRS V) divulgaram esclarecimento informando que não têm dívidas com a Santa Casa, além de citarem que os atendimentos aos seus pacientes têm previsão legal e não representam “favor ou benevolência” do hospital.
Durante o programa A Verdade Total em Tempo Real, ontem na Rádio O Diário Independente FM, o gestor Henrique Prata disse que a Santa Casa atende acima do previsto em contrato.
“Estamos fazendo tudo a mais que está no contrato com o Estado e União e agora um novo pacto ficará na responsabilidade do prefeito Guilherme Ávila encontrar a solução, do contrário não assinarei esse novo contrato”, ponderou Henrique Prata. “Estou de alma lavada e tenho compromisso de dar satisfação a Deus, não tenho jogo de cintura com político que não paga o que custa e ainda exige”, finalizou o gestor da Santa Casa.