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Comandante confirma fatalidade e instauração de inquĂ©rito policial militar para apurar morte de comerciante

Caso registrado como homicídio também deverå ser investigado pela Polícia Civil

Por Portal Notícias Colômbia SP em 23/10/2018 às 22:09:00 - Atualizado hĂĄ
Capitão Paulo César Frugeri é comandante da 1ª Companhia da PM em Barretos - Foto: Tininho Junior

Capitão Paulo César Frugeri é comandante da 1ª Companhia da PM em Barretos - Foto: Tininho Junior

O Capitão Paulo César Frugeri, comandante da 1ª Cia da Polícia Militar em Barretos, confirmou  que será instaurado através do 33º BPMI, inquérito  para apurar a ação policial que culminou na morte de um comerciante de 41 anos, em casa  no bairro Paulo Prata,  logo após ele ser vítima de roubo, no final da noite de sexta – feira (19).

O comerciante morreu  atingido  na cabeça por disparo de arma de fogo efetuado por policial militar, que o confundiu com assaltante, após ele atirar várias vezes contra as equipes da PM, achando que se tratava dos criminosos que  tinham acabado de roubar sua pastelaria e o teriam seguido até sua casa.

“Como houve essa fatalidade  a morte da vítima, nós somos obrigados a instaurar o inquérito policial militar para apurar os fatos. A Polícia Civil também instaurou inquérito, então existem dois inquéritos abertos para apuração deste fato, que vai ser julgado pela justiça comum” disse.

O Capitão acredita que um conjunto de coincidências levaram a essa situação.

“Houve um roubo em uma pastelaria, da qual o comerciante era proprietário. Um policial militar que passava pelo local a paisana em horário de folga visualizou a situação criminosa, assaltantes portando armas longas. E ao mesmo tempo percebeu pessoas entrando numa caminhonete e deixando o local. Ele suspeitou que pudesse ser o roubo do veículo também, e decidiu realizar o acompanhamento e ligou para o Centro de Operações da Polícia Militar.   O policial a paisana, visualizou quando a caminhonete entrou na garagem da residência. Diante disso, parou próximo e ficou aguardando as viaturas chegarem. A proprietária da casa nesse momento sai e vê o policial. Ela se assustou achando que os ladrões tivessem acompanhado eles para continuar a prática do roubo. Talvez essa coincidência, foi um dos fatores principais da fatalidade. Ela correu para dentro, trancou o portão, se apavorou claro como qualquer pessoa, e deve ter alertado o marido que tinha uma arma de fogo em casa. Infelizmente ela não chegou a ver, mas as viaturas chegaram numa questão de segundos.   Os policiais cercaram o local e subiram no muro para ter a visibilidade do local e conseguiram ver através de uma janela de vidro grande da sala, um homem, que no caso era o marido dela, que estava armado. A mulher estava nervosa, gritando e mesmo os policiais se identificando, que era polícia, é plausível eles não terem ouvido.  No desespero o homem começou a atirar efetuando vários disparos em direção aos policiais.   O tenente de serviço que estava com a visão mais privilegiada com receio que esse fosse o ladrão e pudesse estar alvejando a vítima.  Naquela questão de décimos, milésimos de segundos que o policial tem que agir, efetuou um disparo que acabou atingindo a cabeça do homem.  Realmente uma série de coincidências fatídicas que levaram a essa morte” ressaltou.

O comandante confirmou que além de responder a inquérito por homicídio, o policial também vai ter um acompanhamento psicológico. “Além do inquérito que ele irá responder por homicídio, tem essa questão que nós ficamos preocupados do que vai ser de agora em diante. Como vai estar a cabeça deste policial, não só o que efetuou o disparo, mas também os demais que participaram da ocorrência. Eles vão passar por atendimento psicológico para verificar a situação deles, estarão a princípio fora do serviço operacional, trabalhando na administração dentro do quartel, aguardando essa questão da análise psicológica, para que em condições normais de saúde possam retornar as ruas novamente” disse.

O oficial revelou que ainda não havia vivenciado uma situação como essa.
“Igual essa situação eu não havia visto. É uma situação realmente fatídica, muito triste, a gente fica sem palavras, sem resposta para dar a família. A gente se coloca no lugar da família que acabou sendo vítima, duas vezes. E nós só podemos pedir a Deus para estar conseguindo dar paz a essa família, e aos policiais que tiveram participação nessa ação” disse.

Ele ressaltou que em caso de roubo é essencial que a vítima avise a polícia, ligando 190.
“A pessoa vítima de roubo, ela tem que ligar 190 acima de tudo. Agora a gente procura falhas, coisas que poderiam ter sido feitas e não foram. É fácil falar agora, mas, realmente para quem está no local, não da para se exigir muita coisa. Realmente se tivesse ligado 190, e falado que já havia saído do local que estavam  bem, de repente, o desfecho poderia ser outro, mas não da  pra ficar achando culpados, essa situação é realmente uma fatalidade, e quando é grave assim, pavor, arma de fogo, todo mundo fica muito nervoso  é difícil cobrar uma atitude lúcida as vezes nessas situações” concluiu. 
O Diário de Barretos
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